cont. conto

A coisa certa eu estava longe de estar fazendo. Seguir a razão, essas putarias. Não era a minha praia. Não era simplesmente tudo que eu mais queria na minha vida? Então pronto. Pelo menos agora eu sabia que não duraria, e de certo modo eu comecei a me conformar e achar aquele jeito divertido. Nós conversamos, naquela tarde, sobre tudo como se nunca tivéssemos parado de se falar.

Estava começando a escurecer e a chover de novo. Subi o capuz do meu casaco, cobri minhas mãos com as mangas e fiquei de pé. Ele se levantou. Me beijou. O mesmo gosto doce de melão que eu me lembrava. Sussurrou o trecho de Fated to Pretend, do MGMT, no meu ouvido: "Forget about our mothers and our friends, we're fated to pretend".

Nós demos as mãos e começamos a andar, sem rumo.

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