When It Rains - Paramore

And when it rains
On this side of town it touches everything
Just say it again and mean it
We don't miss a thing
You made yourself a bed at the bottom
Of the blackest hole (blackest hole)
And convinced yourself that it's not the reason
You don't see the sun anymore

And no, oh how could you do it?
Oh I, I never saw it coming
No oh, I need an ending
So why can't you stay just long enough to explain?

And when it rains
You always find an escape
just running away
From all of the ones who love you from everything
You made yourself a bed at the bottom
Of the blackest hole (blackest hole)
And you'll sleep till may
You'll say that you don't want to see the sun anymore

And no, oh, how could you do it?
Oh I, I never saw it coming
No oh, I need an ending
So why can't you stay just long enough to explain?

(Explain your side, take my side...)
Take these chances to turn it around
Take these chances we'll make it somehow
And take these chances and turn it around
Just turn it around

And no, oh, how could you do it?
Oh I, I never saw it coming
No oh, how could you do it
Oh I, I never saw it coming
No oh, how could you do it?
Oh I, I never saw it coming and
No oh, I need an ending
So why can't you stay just long enough to explain?

(You can take your time, take my time)

cont. conto

Saí batendo portas (minha mãe não estava em casa).

Desci correndo, abri o portão do condomínio e sentei na calçada. Acendi um cigarro e o observei se desmanchar. E lá, de repente, estava ele. Do meu lado. Pegou o cigarro da minha mão, deu uma tragada, jogou no chão e pisou. Eu evitei contato visual. Soltou, com aquela voz rouca: - Achei que nós dois iríamos parar.

O que não passou na minha cabeça naquele momento? Cenas que eu tinha passado noites em claro tentando esquecer, lembranças enfiadas no fundo do armário. Frases que eu treinara na frente do espelho questionando-o, insultando-o e agredindo-o.

Eu estava prestes a vomitar. Ou a ter um ataque. A escolha era realmente difícil. Antes de resolver qualquer coisa, respirei fundo. O pior que eu poderia ter feito.
O cheiro da fumaça tinha ido embora e só o que tinha restado era o cheiro de terra molhada.
Um fio de voz saiu da minha garganta.

- Qual é a sua, Guilherme?

- Não faz drama, Tatá.

- Então você simplesmente voltou.

- É. Tipo isso.


Ponto de paz

É incrível como certos artistas traçam uma melodia que afeta a sua mente, sua psique, seu corpo, seus órgãos, seus olhos, sua boca, seu coração. Algumas músicas me tiram do sério, outras me obrigam a tirar os pés do chão e outras ainda, a fechar os olhos e balançar suavemente o rosto. Obrigam todos os meus pelos a se eriçar e pressionar meus lábios contra si próprios. Acompanhar o ritmo, entrar em perfeita sincronia, prever todos os verbos, movimentos, ordem das notas.
Te transportam pra qualquer outro lugar onde nada mais importa.
É isso que eu chamo de orgasmo musical.
Eu sou a pessoa mais masoquista que eu conheço. Não sei porque faço isso comigo mesma. Não sou como as outras, que deixam provas - mesmo que temporárias - na pele para identificá-las. Não, não, a única prova física que me define são os vincos temporários na testa. Que passam, quando eu acabo esquecendo. Mas de certo modo, parece que eu tenho um certo gosto por sofrer. Embora eu tenha tudo que eu mais queria (ou pelo menos, pensava que queria), eu insisto em pôr defeito. Ficar mal e fazer careta porque tudo que eu mais queria... Não foi sempre meu. Não paro de lamentar por isso, tudo que eu mais queria já foi, em vários momentos, de outras pessoas. E um dia, ah, maldito seja tal dia, não será mais meu. E não há nada que eu possa fazer.

Acho que isso faz de mim uma pessoa extremamente possessiva. Ainda pior do que isso, que sofre em silêncio. E em silêncio, não há ninguém que me convença do contrário.

cont. conto

Dois de julho de 2009. Terceiro dia de férias. Eu ouvia as mesmas músicas depressivas das bandas que eu mais gostava. Tinha sido obrigada a trocar de bandas favoritas, mas uma coincidência infeliz me fez olhar na janela (enquanto eu ouvia uma das únicas músicas das minhas bandas realmente favoritas que havia sobrado no meu mp3) e avistá-lo.

Ele. Olhando fixamente pro meu prédio, com aquela camisa velha do Blink e o all star que eu tanto gostava.

Esquecendo todos os meus esforços anti-humilhação, observei-o por alguns minutos, que pareceram horas. Ele não parava. Não parava. E aquilo me incomodava tanto que eu não tinha a capacidade de fechar a janela. Motivo número um, ele. Motivo número dois, a chuva.

"Amor não é amor

se se altera quando encontra alterações ou se curva diante da força contrária: Ah, não, é uma marca pra sempre fixa, que enfrenta tempestades sem estremecer; É a estrela guia de cada barco errante, cujo valor é desconhecido, embora sua altura seja medida. Amor não é servo do Tempo, mesmo que lábios e faces sofram os efeitos de seu compasso poderoso; Amor não e altera com o passar de horas e semanas, mas resiste a tudo até o limiar da ternidade. Se isso é falso, e o engano for provado, eu nunca escrevi, e ninguém jamais amou."

William Shakespeare

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Bom, isso é um jeito de olhar para a coisa. [preciso terminar de escrever]